quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Mnemónica

A tua verbalização é paupérrima.
Paupérrima.
Deixa-me em paz. Que agora não tenho Oolhos para te óvir.
Paupérrima.
Em polifonia.
Não sei se tive três amantes.
Ou amante nenhum.
Não sei se pesquei.
Ou se cravei a terra nas unhas.
Ou em parte alguma.
Vagabundear.
Nas tuas meias às riscas.
Como as roliças patas da Gulbenkian.
Ki-ã.
Onomatopeias.
Da retrospectiva da vida.
Não tenho nada para te dizer.
A não ser.
Acasos.
Tenho-te em acasos.
Ou em acasos nenhuns.
A metafísica é pobre.
Aqui.
Não vou para ali.
Que ali não há.
Não há.
As tuas letras estão gastas.
Do suor sintomático da trapalhice de viver(es).
O caixão não é leve.
Ou é a memória?