domingo, 7 de dezembro de 2014

Extravio

Mnese

         Amnese

                     Anamnese


No fim ou no início é tudo...genealógico.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Nietzsche

Este espaço ensurdece-se no tempo do esquecimento.

Convalesce a presença da eterna memória de que foi esquecido.

Tempos verbais

Névoa da mágoa da memória rarefeita de um nunca que teve tempo.


domingo, 9 de novembro de 2014

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Laura Marling

Sempre que me arrasto de ti, em estado visceral, inebrio-me languidamente em músicas decadentes.
E o meu corpo, hmm, hmm, a dançar...decadentemente.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Houvesse outra forma de dizer isto

Aquele sentimento de solidão que se nos viola no oOlhar absorto do rosto desconhecido, prostrado no espelho que nos desenha.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Passou tão pouco tempo desde há bocado

Tempos idos e tempos pretéritos mais-que-perfeitos.
Sempre lá. Nunca cá.


A deceiving frame of happiness...

terça-feira, 17 de junho de 2014

Lucidez

Olhei para o Mundo e emocionei-me com ele.


(Isto poder-se-ia chamar Sobre a Realidade que é tal seu mesmo. Ou tudo o que de contrário se tecer. Tanto igual. Sem dogmatismos. Ou com eles.)

sábado, 17 de maio de 2014

Abnegação

Estou cansada como se tivesse vivido cem anos.
Estou cansada como me canso de um clamor que não é meu.
A lassidão que me corroeu o corpo foi das horas que não vivi mas que me pesam.


Dói-me a dor que não é minha.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Do espaço público

Aquele fonético tropo granjeou-se em um fonético destroço.
Afinal, o absoluto é (o) absurdo.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Da construção...civil

Sinto-me tão feminina ao escrever no feminino e ao ler o feminino das palavras, dela. É quase...é lexical.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Dela mesma, mas sobretudo de Diego.




...Soubesses tu dos escarlates que te amo, panzon...

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Singular plural

Contigo, apodrecemo-nos.


        deita os dejectos pela sanita. 


                   como convém. 

Motricidade II

Gostava que esta dor que me dói no peito parasse de doer.
Mas esta dor que me dói no peito só dói à noite.
E esta dor que me dói no peito só dói à noite porque me dói na consciência e não no peito.
Mas a dor continua lá e o peito também e a consciência tam-pouco se mostra. É por isso que me dói no peito e não no outro sítio.
Mas esta dor que me dói no peito e que não é do peito não cessa com químicos e eu queria tanto que cessasse.
Mas a dor que me dói no peito não pode parar de doer se não a enfrascarem como deve ser, como dor de peito que é não ser dor de peito.
Mas sabem lá eles curar a dor de peito que não é do peito e tão só lhes sei dizer isto: que é uma dor que dói no peito mas que não é uma dor do peito.
Gostava que se apaziguasse esta dor, mas esta dor jamais se apaziguará que tenho a consciência  amordaçada a mim.




- da insuportável dor que se me crava no corpo de nem a consciência poder ser livre de não ser consciente.-




domingo, 5 de janeiro de 2014

Aos ratos

Do desespero de ter algo para dizer e não saber.
Do desespero de ter de ter algo para dizer.
Do desespero de pisar o chão e saber que o piso.
Do desespero desta consciência que me arde e me estende morto-vivo na terra que, a seu tempo, me há de engolir. Mais morto do que vivo ou nem isso. Não sei.
Do desespero de não saber.
Do desespero do nada.
Do desespero da imensidão obscura do absoluto que é nada.
Do desespero desse espaço vazio. Do vazio em vão. Como tudo.
Do desespero das impossibilidades e das suas possibilidades absurdas.
Do desespero desse absurdo.
Do desespero de estar desesperada.
Do desespero que aquela terra, também a seu tempo, há-de silenciar.





- Dura, enquanto te podes. Dura muito, dura sempre, porque só duras enquanto te durares. -