quarta-feira, 28 de junho de 2017

Ilimites

A minha mãe foi a mulher mais feminista que alguma vez conheci.
Não é que haja uma métrica.
Mas foi.
Não por beber a história. Mas por caminhá-la.
Talvez diga isto porque também nunca conheci mulher alguma mais forte que ela. Mais insubordinada. Mais ilimitada.
Ainda ressoa na minha cabeça a sua fumadora e mais fragilizada voz, acerca de uns mini calções que usei para ir vê-la ao lar:
- Esses calções'zinhos, bem...bem...
- Oh, mãe,...
- Sim, sabes que nunca te impus limites.

Devo-lhe a ela toda a sofreguidão de liberdade que tenho.



A ti, mãe, à maior feminista que veste o meu coração de luta diária.

Sem comentários:

Enviar um comentário