terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

A gravidade (não) é para tolos

Tive esta conversa comigo

Que lembrar-me do teu insalubre sorriso é doloroso
Que lembrar-me das tuas massacradas veias é desabar
Que a passagem dos dias é penosa
E que tudo é penoso, como pedras sísifas
Que a realidade já não é bem a realidade
E que já não há lucidez nos dias
Que já não há um frio mais frio
Porque só dor
Como é que o Mundo não parou?
Se paraste de existir?
Como é que não posso estar estanque no tempo
Fixa
Inerte
Se paraste de existir?
Como é que posso deixar de ter:
Comos?
Porquês?
Quandos?
Se tudo isto que te definhou é incompreensão
Se há quatro forças neste Universo ou Multiverso
é só dissimulação da ignorância
De se ser.

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